foto furuta

sábado, 18 de julho de 2009

The Lion King

Não vou nem descrever a aventura que precedeu a ida a um dos espetáculos mais vistos e melhor produzidos do mundo porque quem conhece sabe que eu vou falar de tudo menos da peça em si. Finalmente fiz minha estréia nas platéias da 'Broadway Londrina' assistindo ao "Rei Leão". Não era a primeira escolha, mesmo querendo muito ver a adaptação do desenho para os palcos, já que fatores como ingressos disponíveis, dia/horário e preço influenciaram bastante pra inaugurar minha temporada teatral assistindo a saga do Simba.
Teatro lotado, muitos adultos, pouquíssimas crianças (turistada!) preenchendo os 2000 lugares do Lyceum Theatre. Cheguei cedo com mais dois amigos e fomos molhar a goela no bar antes das cortinas abrirem. É porque eu não tenho jeito mesmo, mas é totalmente desaconselhável. Qualquer drink é um roubo. Mas era uma ocasião especial, sabe como é...
Como era a minha 'primeira vez', fiquei ainda mais ligado, atento aos detalhes e no contraste com os teatros e produções que carrego no histórico brazuca. Uma orquestra fenomenal no fosso em frente ao palco se encarregava da trilha sonora, incidental, sonoplastia em geral juntamente com dois músicos (absurdos!) situados em dois camarotes dos lados do palco cercados por todos instrumentos de percussão possíveis. Começou a peça (a viagem, melhor dizendo) e a estampa da minha cara de babaca. Atores/cantores/dançarinos, cenografia, palco, figurino, coreografia, etc., me enchiam os olhos a cada minuto. O palco é algo a parte, acho até que seja o protagonista do espetáculo, pois se transforma em vários cenários, virando montanha, caverna, planície, uma infinidade de coisas que mostram o que a de melhor na mistura dinheiro, profissionalismo e talento.
A peça acabou e eu feliz feito criança, quase gritanto "mais um!!" (não deviam vender álcool lá dentro...), doido pra saber quando e qual seria a próxima experiência a me deixar de queixo caído. Bravo!
Não deixem de ver/ler sobre o teatrão:


sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Show!!

É, pessoal..., se eu pudesse imaginar há anos atrás que um dia eu assistiria a Dave Matthews Band em Londres, talvez eu tivesse vindo antes pra começar o 'aquecimento' mais cedo.
Eu já tinha ido na 02 Academy Brixton umas duas vezes (show da Alanis e do Alter Bridge), o que é sempre um prazer pelo lugar que é. Não pela área, mas pela casa em si. Uma coisa meio teatro com pista embaixo e cadeiras no parte de cima. Cerveja gelada em vários bares de fácil acesso e chances de ficar perto do palco sem ter que se matar. Perfect!
De novidade dessa vez foi só o tamanho da fila pra entrar que contornava o quarteirão. Literalmente. Mas a coisa é altamente organizada e em poucos minutos eu e a turma aqui de casa estávamos dentro e tranquilos pra escolhermos o melhor lugar no gargarejo. Não demorou pra banda de abertura começar a tocar (não lembro o nome, mas era boa) apresentada à platéia pelo próprio Dave Matthews. O cara, na maior simplicidade do mundo, largadão, entrou no palco cru, quase sem luz, sem nenhum guéri-guéri que precede o 'dono da bola' pra pedir palmas pros sei lá quem e dar boa noite pra galera. A partir daí, todo mundo ficou ainda mais feliz!
Começa o show principal e logo de cara aquela pressão cheia de qualidade que só grandes bandas conseguem impôr. O cara canta muito, toca muito, e os músicos que o acompanham são sacanagem. Pra minha surpresa, encontrei meu amigo-camarada Marquinhos Jah (ele que me encontrou) no meio daquela muvuca e o que tava bom pra cacete ficou ainda melhor. Depois de um ano sem ver o cara, esbarrão num evento desses virou comemoração! Todos vibravam a cada música mesmo muitas sendo do novo cd que ainda não ouvi. Sempre admirei o violão do cara, mas ao vivo a coisa é ainda mais 'sinistra'. A construção melódica das músicas é ducacete, apoiadas pelos metais, violino, teclados, fora guitarra e baixo de altíssimo nível e batera que dispensa maiores comentários. O cara é reconhecido como um dos melhores da atualidade.
E o Dave (figuraça!) compõe e arranja as músicas pensando em toda a banda, dividindo irmamente a coisa, todo músico se destaca, brilha toda hora. Quando começou eu achava que o 'Davi Mateus' tava meio bêbado, falando enrolado pra cacete e jogando umas piadas muito rápidas sempre meio cambaleante, mas era só o cara soltar a garganta e destruir a viola que a impressão partia. Depois acessei uns vídeos mais antigos e vi que o cara é assim mesmo.
Já disse que se a banda voltar a tocar aqui e eu estiver na área, tô lá de novo. Foi uma das melhores coisas que já vi na vida. E dois dias antes o cara tava tocando no Hyde Park no show do Bruce Springsteen e tava numa sequência de uns 4 ou 5 direto. Haja gogó!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Diversão e Arte

Chega de esbórnia e vamos colocar um pouco de cultura nesse negócio! Já conheço pubs e variações de cerveja suficiente pra ter coisa pra contar até pros bisnetos 'non stop'. Por isso decidi que é hora de apreciar uma das coisas que Londres tem de melhor: os teatros.
Todas as grandes produções e estrelas do meio teatral e cinematográfico passam por 'West End', a Broadway inglesa. Há espetáculos com ingressos esgotados por meses, como o 'Esperando Godot' (Samuel Beckett, 1949) com os grandes Sir Ian McKellen e Patrick Stewart. Pra quem não ligou os nomes às pessoas, são os intérpretes dos mutantes Magneto e Prof. Xavier na franquia X-MEN, respectivamente. Se ainda não sabe quem é, mesmo com a foto acima, clique no botão de fechar no canto direito da página, por favor.
Eu fiz uma lista do que quero assistir e não é pequena. Tudo que é bom tá aqui. Falta tempo, e principalmente, grana. Mas pra quem gosta é imperdível, ainda mais porque esse tipo de espetáculo nunca irá para o Brasil com esse elenco, e mesmo sendo adaptado pros palcos tupiniquins com produções desse nível, custarão 10 vezes mais e provavelmente irão direto pra SP. Quem merece? Por essas e outras dei o pontapé inicial para o cumprimento da lista priorizando os musicais, já que como o nome já diz, tem mais música, coreografia, figurino, show no melhor sentido da palavra, do que texto 'teatrão', o que inviabiliza o entendimento total da coisa muitas vezes. Esses podem esperar o Inglês melhorar e as finanças sairem do coma.
Abaixo, o link da Wikipedia contando um pouco da história de West End com a lista dos teatros e espetáculos em cartaz.

terça-feira, 14 de julho de 2009

A viagem quase sem fim

Eu tento manter uma certa cronologia dos fatos por aqui mas é inútil. Depois de vários problemas de ordem mental, biliar, financeira, enfim, de muitos, volto ao blog trazido pela pergunta do meu amigo Guilherme Loucura no espaço dos comentários. Caro Loucura, eu também achei que o blog tinha morrido, pois nunca mais olhei-o nos 'córnios'. E logo eu que estava tão orgulhoso por ter começado o ano atualizando o moribundo...
Culpa da crise mundial, do Lula, dos Sarneys, das Pqpariram todos eles!!!
Mas como não posso deixar uma saga sem final, vamô lá. Resumo porco pra fechar:
Dia claro e trem pra Bath (foto 1). Coisa linda, história pura. Voltamos fim de tarde, e cumprindo um certo ritual, partimos pra noitada evitando lugares da moda. Passamos em frente a um bar de nome esquisito, e só porque não se tinha nada a perder, entramos. "Start the Bus" é um pub grande e pra gente grande. Sem essa de querer ser visto. Neguinho vai lá pra ser achado. Foi entrar e ficar até fechar. Redenção total.Manhã seguinte, último día 'útil' da viagem. De mapa na mão fomos peregrinar em busca da tal 'Clifton Bridge' (foto 2), uma ponte suspensa enorme que é atração turística da cidade. Depois de rodar meio mundo seguindo as orientações do Zero Dois, resolvi questionar o GPS bebum do malandro. Estávamos andando há horas e ponte que era bom, nada. Nem tinha como ser diferente, já que o cara tava lendo o mapa de cabeça pra baixo. Isso quer dizer que a gente andou kms pro lado oposto. Fiquei puto, ele me pagou uma caixa e ficou tudo certo.
Ponte linda, alta pra cacete, visual uódafuck e frio maior ainda. Andamos tudo de volta feito uns pagadores de promessa e paramos no "Start the Bus" pra dar um tchau de goela molhada. Sede morta, algumas fotos no parque no meio do caminho pra aquela chapada dos sonhos.
No outro dia fizemos o último estrago no restaurante do hotel, pegamos as tralhas e partimos pra estação de trem rumo à vida corrida da cidade grande.

The End.