Puuuuuuuuuuuu..., infinito!! Impossível resumir a felicidade e a sensação de dever cumprido ao assistir "Spamalot" ou "Monty Python em busca do Cálice Sagrado" (o que seria o título em português). Cresci vendo e revendo o filme que sintetiza o que há de melhor no humor inglês personificado pelo grupo formado por John Cleese, Terry Jones, Michael Palin, Eric Idle, Graham Chapman e pelo americano Terry Gilliam (foto abaixo). Se você não reconhece os nomes, ou pior, não conhece o Monty Python, corra porque pode não haver amanhã!
Lembro quando cheguei em Londres e andava pela principal rua da cidade, a Charing Cross Road, cheia de tudo que é bom, morada de vários teatros, e me deparei com o prédio magnânimo do Palace Theatre numa das esquinas onde a coisa ferve. Várias fotos nas paredes em torno do prédio mostravam cenas do musical encabeçado na época por Tim Curry, de quem sou fã. Eu já me odiava por não falar inglês na época, mas com isso eu quis me matar. Daria a língua do Lula mais o bigode do Sarney tirado por dentro pra poder assistir esse musical que me remetia aos risos descontrolados em diferentes fases da vida. Mas como é sabido, fiquei até há pouco sem fazer parte dessa platéia por não querer pagar e correr o risco de não entender nada. Isso virou passado, graças a Deus e a um pouco de vergonha na cara!
Antes mesmo da peça começar eu já estava rindo das sacanagens que a orquestra vinha fazendo com uma série de trilhas de filmes e desenhos animados. Tudo performatizado, como se a execução perfeita não bastasse. Não dá pra descrever o espetáculo inteiro, então vou dizer que foi muito, muito melhor do que eu esperava (e eu esperava bastante!), que é adaptação do filme/título mas com várias tiradas de outros do grupo. Saí de lá com câimbra no abdomem e com a cara dormente de tanto rir. Elenco maravilhoso, afinadíssimo, sacana, rápido, com um timing mais do que perfeito como pedem as melhores comédias. Apesar do pouco tempo e de muito fresco na memória, eu já tava pensando em assistir de novo quando saiu de cartaz depois de anos de sucesso. Perdi a montagem com o Tim Curry no papel do Rei Arthur (ele levou o prêmio de melhor ator e a peça outros tantos, incluindo o de melhor musical em 2007), mas ganhei um sorriso que dura até hoje só de lembrar do que vi. Melhor do que o filme! Um dia eu explico 'ao vivo' como isso é possível.Desde que me entendo por gente (???) sempre houve a indústria do 'escreva um livro, adapte pro cinema, leve pro palco' (não necessariamente nessa ordem...), mas agora o negócio tá demais. Antes o filme ou o livro precisavam ser bons pra garantir algum interesse no formato teatral. Agora basta fazer dinheiro que a coisa vira caça-níquel também entre as coxias. Logo que 'Spamalot' saiu de cena entrou 'Priscilla, a Rainha do Deserto' no seu lugar. Existem vários outros exemplos rolando por aqui. Nada contra o filme em questão. Pelo contrário. Mas assistí-lo no telão já foi viadagem bastante.
Pro confere do Palace Theatre (ainda mais bonito que o Lyceum e dono do bar de teatro mais lindo que já vi na vida):
http://www.arthurlloyd.co.uk/PalaceTheatre.htm
3 comentários:
Por essas e outras, que tô (novamente) estudando ingrês!
Abracetas!
rapá... vc viu os cavaleiros de dizem NÍ de perto? puuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
bjão!
carái, super... muuuuuuito feliz por vc... tenho certeza que representou e se contorceu todos nós na platéia... eu não poderia estar lá... seria preso e deportado... ia morrer com o sorrisão na cara e a mão na testa... hauhauhauahuahuaha!!!!
Beijão!
PS.: e o cavaleiro esquartejado? e o coelho assassino? e o ancião na travessia da ponte? e o... e o... PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!
Postar um comentário