Só falando assim mermo!! Fiquei horas nessa joça escrevendo o que seria um sinal de vida em grande estilo, me divertindo com a quantidade de bobagens por linha esboçada, pra no final, ao tentar formatar a coisa pra jogar no ar, sei lá o que aconteceu, uma tecla maldita qualquer talvez, tudo se apagou, se evaporou, escafedeu-se!!!
Em sinal de protesto, não vou nem pensar em tentar escrever nada inédito, pois isso pode aumentar a minha raiva, e meu estimado laptop treme só de pensar na possibilidade de partir pra um 'vôo solo'. Por isso estarei colocando aqui alguns escritos velhos, perdidos e esquecidos em um outro canto qualquer, mais pra encher linguiça do que outra coisa. Pode parecer que não, mas eu gostaria de estar escrevendo sempre por aqui, mesmo sabendo que é para minha meia dúzia de cinco amigos que fazem questão de marcar presença 'em outros campos'! Valeu mesmo!
Um grande beijo em todos e tim-tim!
'OS BABADORES DA INFÂNCIA PERDIDA'
Há muito tempo atrás, um velho conhecido e cachaceiro me cobrou insistentemente por um texto, uma crônica, uma resenha, enfim, que eu escrevesse algo mesmo que não soubesse exatamente sobre o quê para que ele pudesse inaugurar um espaço em sua página na web. Num certo sábado veio o ultimato: “Ou você escreve essa porra para a inauguração da home-page na segunda-feira ou não precisa escrever mais porra nenhuma!”.
Sensibilizado com a delicadeza do pedido, me vi na obrigação de raciocinar, pensar em alguma coisa que pudesse ser no mínimo inteligível, mas desisti logo depois da inútil tentativa de acionar meus aposentados neurônios. Mas como o cara me deu carta branca pra escrever qualquer coisa, desde que fosse enviada pra ele até a véspera da estréia de sua página no dia sei lá qual, cheguei a conclusão que realmente não honrava as minhas calças e muito menos um compromisso com um companheiro de copo. Chegou a tal segunda-feira, o dia "D", e não tinha a mínima idéia do que estava a tentar fazer, ora pois!!
Apesar da habitual preguiça, pensei em tentar fazê-lo, mas a verdade é que não conseguiria mesmo se quisesse. É que na véspera, domingo, estive muito ocupado. Fui convocado pelo meu pai, o Mr. Fields, para ir a Saint John of Meriti às 6h da matina para pegar sua irmã e despachá-la a jato para Recife. Muito feliz e bem humorado, parti para essa importante missão cheia de escalas rumo ao Galeão/Tom Jobim. Mais satisfeito ainda fiquei ao chegar em casa e descobrir que esse espírito de bom samaritano que baixou em mim não iria cantar pra subir tão cedo.
Á tarde, depois de cumprida a missão e no meio daquela lombeira depois do almoço, mamãe, a Mrs. Fields, me cobrou uma promessa que havia feito e rapidamente tratado de esquecer. Era o aniversário de 1 ano do filho de uma prima que casou, se mudou e que não via há um tempão. Também era a última chance de rever uma tia que mora na Europa e iria embora no dia seguinte. Tudo isso num pacote só. Depois dessas “surpresas” passei a acreditar que além de todo o universo, os Fields também conspiravam contra mim.
Nada me restou a não ser ir para essa “boca de se fuder” (“foder” é pra quem teve berço cercado de pederastias). Fui, sorri para todos e assumi o meu lado paterno junto ao meu sobrinho no quintal dos brinquedos de plástico. Como não vale nada, o moleque cismou que a piscina de bolas tinha que ser esvaziada e o babaca aqui passou horas catando aquela merda espalhada pra tudo quanto é lado. A criançada gostou tanto da idéia que passou a imitá-lo. Resolvi chutar o balde. Senti a minha veia primata pulsando cada vez mais forte e percebi que era a hora de me juntar aos demais adultos antes que houvesse um infanticídio. Chegando ao salão de festas me deparei com uma cena esquisita. Não havia crianças (todas estavam ocupadas destruindo tudo lá fora) e sim uma dúzia de adultos dançando alegremente ao som do Balão Mágico.
Balão Mágico!! Quem lembra do Balão Mágico?! Nós da geração nascida na década de 70 lembramos perfeitamente daquelas crianças que cantavam acompanhadas do boneco-gigante Fofão, mas para os pequenos da festa aquela música não queria dizer nada.
Se eu estivesse sob o efeito do álcool e afins, não sei qual seria minha reação diante daquela cena. Mas como estava totalmente puro, consegui chegar a algumas óbvias conclusões. Uma delas é que não se faz mais música para crianças há muitos anos. Ouvindo músicas como “Superfantástico”, pude ver como é difícil a infância dos dias de hoje, como se pode castrar ou encurtar essa fase tão importante da vida de um sujeito. Como se não bastasse o fato de estarmos criando essas crianças dentro de apartamentos (quando se tem um) cercados por tantos outros e aprisionadas pela violência e neuroses do mundo moderno em seus mundinhos em forma de play grounds (quando se tem um também), nossas atuais miniaturas de gente são bombardeadas pelo que não presta pra ninguém e muito menos pra elas.
Aposto que, se ao invés do Balão Mágico estivesse tocando alguns desses Funks, Axés, Pagodes e demais porcarias, a criançada estaria lá “rebolando na garrafa”, “dançando na motinha” ou se enfiando a porrada com essa estória de que “um tapinha não dói”. Mas como não era o caso, me restou testemunhar um monte de gente grande cantando e dançando aquelas músicas, que além de todo o saudosismo, eram boas. Tudo o que se refere á criança é importante, é sério. Digo isso porque apesar da aparência jurássica, também já fui uma e trabalhei “com” e “para” elas durante muito tempo. Poderíamos falar sobre essa “distorção dos conceitos da infância” durante horas ou anos, o que não é o caso aqui, mas a verdade é que o bicho tá pegando e ele não se veste mais de Cuca.
Voltemos à festinha. Meu primo se aproximou de mim e ao ver a animação dos marmanjos disse que eles pareciam não ter tido infância. “Que nada”, disse eu, pois justamente por terem tido infância é que eles estavam ali, sem a mínima vergonha, curtindo e relembrando o que foi tão bom.
A verdade é que acabei por gostar do “programão”. Só essa viagem já valeu a pena! E eu só não me juntei á galera pra pegar carona naquela cauda de cometa e ver a Via Láctea, estrada tão bonita, porque eu estava totalmente puro!! Senão, só Deus sabe em que “galáxia” eu iria parar...
Há muito tempo atrás, um velho conhecido e cachaceiro me cobrou insistentemente por um texto, uma crônica, uma resenha, enfim, que eu escrevesse algo mesmo que não soubesse exatamente sobre o quê para que ele pudesse inaugurar um espaço em sua página na web. Num certo sábado veio o ultimato: “Ou você escreve essa porra para a inauguração da home-page na segunda-feira ou não precisa escrever mais porra nenhuma!”.
Sensibilizado com a delicadeza do pedido, me vi na obrigação de raciocinar, pensar em alguma coisa que pudesse ser no mínimo inteligível, mas desisti logo depois da inútil tentativa de acionar meus aposentados neurônios. Mas como o cara me deu carta branca pra escrever qualquer coisa, desde que fosse enviada pra ele até a véspera da estréia de sua página no dia sei lá qual, cheguei a conclusão que realmente não honrava as minhas calças e muito menos um compromisso com um companheiro de copo. Chegou a tal segunda-feira, o dia "D", e não tinha a mínima idéia do que estava a tentar fazer, ora pois!!
Apesar da habitual preguiça, pensei em tentar fazê-lo, mas a verdade é que não conseguiria mesmo se quisesse. É que na véspera, domingo, estive muito ocupado. Fui convocado pelo meu pai, o Mr. Fields, para ir a Saint John of Meriti às 6h da matina para pegar sua irmã e despachá-la a jato para Recife. Muito feliz e bem humorado, parti para essa importante missão cheia de escalas rumo ao Galeão/Tom Jobim. Mais satisfeito ainda fiquei ao chegar em casa e descobrir que esse espírito de bom samaritano que baixou em mim não iria cantar pra subir tão cedo.
Á tarde, depois de cumprida a missão e no meio daquela lombeira depois do almoço, mamãe, a Mrs. Fields, me cobrou uma promessa que havia feito e rapidamente tratado de esquecer. Era o aniversário de 1 ano do filho de uma prima que casou, se mudou e que não via há um tempão. Também era a última chance de rever uma tia que mora na Europa e iria embora no dia seguinte. Tudo isso num pacote só. Depois dessas “surpresas” passei a acreditar que além de todo o universo, os Fields também conspiravam contra mim.
Nada me restou a não ser ir para essa “boca de se fuder” (“foder” é pra quem teve berço cercado de pederastias). Fui, sorri para todos e assumi o meu lado paterno junto ao meu sobrinho no quintal dos brinquedos de plástico. Como não vale nada, o moleque cismou que a piscina de bolas tinha que ser esvaziada e o babaca aqui passou horas catando aquela merda espalhada pra tudo quanto é lado. A criançada gostou tanto da idéia que passou a imitá-lo. Resolvi chutar o balde. Senti a minha veia primata pulsando cada vez mais forte e percebi que era a hora de me juntar aos demais adultos antes que houvesse um infanticídio. Chegando ao salão de festas me deparei com uma cena esquisita. Não havia crianças (todas estavam ocupadas destruindo tudo lá fora) e sim uma dúzia de adultos dançando alegremente ao som do Balão Mágico.
Balão Mágico!! Quem lembra do Balão Mágico?! Nós da geração nascida na década de 70 lembramos perfeitamente daquelas crianças que cantavam acompanhadas do boneco-gigante Fofão, mas para os pequenos da festa aquela música não queria dizer nada.
Se eu estivesse sob o efeito do álcool e afins, não sei qual seria minha reação diante daquela cena. Mas como estava totalmente puro, consegui chegar a algumas óbvias conclusões. Uma delas é que não se faz mais música para crianças há muitos anos. Ouvindo músicas como “Superfantástico”, pude ver como é difícil a infância dos dias de hoje, como se pode castrar ou encurtar essa fase tão importante da vida de um sujeito. Como se não bastasse o fato de estarmos criando essas crianças dentro de apartamentos (quando se tem um) cercados por tantos outros e aprisionadas pela violência e neuroses do mundo moderno em seus mundinhos em forma de play grounds (quando se tem um também), nossas atuais miniaturas de gente são bombardeadas pelo que não presta pra ninguém e muito menos pra elas.
Aposto que, se ao invés do Balão Mágico estivesse tocando alguns desses Funks, Axés, Pagodes e demais porcarias, a criançada estaria lá “rebolando na garrafa”, “dançando na motinha” ou se enfiando a porrada com essa estória de que “um tapinha não dói”. Mas como não era o caso, me restou testemunhar um monte de gente grande cantando e dançando aquelas músicas, que além de todo o saudosismo, eram boas. Tudo o que se refere á criança é importante, é sério. Digo isso porque apesar da aparência jurássica, também já fui uma e trabalhei “com” e “para” elas durante muito tempo. Poderíamos falar sobre essa “distorção dos conceitos da infância” durante horas ou anos, o que não é o caso aqui, mas a verdade é que o bicho tá pegando e ele não se veste mais de Cuca.
Voltemos à festinha. Meu primo se aproximou de mim e ao ver a animação dos marmanjos disse que eles pareciam não ter tido infância. “Que nada”, disse eu, pois justamente por terem tido infância é que eles estavam ali, sem a mínima vergonha, curtindo e relembrando o que foi tão bom.
A verdade é que acabei por gostar do “programão”. Só essa viagem já valeu a pena! E eu só não me juntei á galera pra pegar carona naquela cauda de cometa e ver a Via Láctea, estrada tão bonita, porque eu estava totalmente puro!! Senão, só Deus sabe em que “galáxia” eu iria parar...
6 comentários:
PQP, Betinho...cortaram minha cabeça na parte de baixo da foto do flash back, ou fui eu quem tirou essa foto? (Pq como eu sou a história viva em fotos, fiquei na dúvida..não lembro). O fato é que me lembro bem desse dia. Aliás temos várias fotos tiradas nesse mesmo dia...que saudade!
Essa era digital é sinistra por causa disso. Basta um click, uma tecla errada e já era...faço parte dos "Amantes da Bic"
A idade é uma merda mesmo! rs...
ADOREI ESSA NOVA TEMPORADA FIELDS REMENBER!
II coment�rio: Agora sobre os "Babadores".
Esses dias eu estava folheando uma dessas revistas encadernadas com o jornal de domingo, que pouqu�ssimo tem algo a nos acrescentar; e me deparo com uma mat�ria (coisa de 4 p�ginas ou mais), cujo o assunto abordado era essa "inf�ncia-pr�-adolescente" e a pauta era: A nova divers�o da garotada "feminina" no dia do seu anivers�rio - Comemorar com as amigas no sal�o de beleza!
N�o querido, n�o � no sal�o de beleza da Barbie, muito menos da Susie, (que tamb�m n�o � sua irm� com as quais eu perdia um s�bado inteirinho brincando entre uma interfer�ncia e outra na m�e para ir comer.
A moda � comemorar no sal�o de beleza de verdade! Pintando unhas e cabelos das cores "Flicts" *(lembra dessa cor? Quem � dos anos 70 e leu Ziraldo?), fazendo escova, chapinha, alisamento de chocolate (na minha �poca chocolate era s� pra comer)sombrancelhas e at� depila�o (acredite se quiser!)
E voc� pensa que � um sal�o de beleza normal, de adulto? Enganado! No RJ tem dezenas de sal�es especializados em atendimentos apenas �s pequenas dondocas e suas amiguinhas, onde as mam�es deixam v�rios $$$ para satisfazer o sonho de anivers�rio da "futura adolescente" anor�xica, turbinada, bul�mica, "botoxicada", lipoaspirada, "pl�sticada", como as Barbies e Susies da minha �poca.
Depois dessa leitura "�til-f�til", que me fez acordar para a pressa que as pessoas est�o de "passar" pela vida e n�o de viver as fases boas da vida e curt�-las passo-a-passo, para um pouco l� na frente poder estar fazendo como voc� e eu: recordando as coisas boas da Inf�ncia e divindo-as com amigos, familiares e at� filhos.
Foi bom "pegar carona nessa cauda do cometa" com voc�. S� assim "o mundo fica bem mais divertido!"
bjs, bjs!
Faaala, Nataly!!
Adivinha quem tirou essa foto? QUEM, QUEM, QUEM??
Graças a você temos registrada essa época maravilhosa! Ninguém tem mais fotos que vc que estava sempre com aquela velha yashica na bolsa pro que viesse. Esse acervo não tem preço!!
Um beijão!!
É verdade...salve, salve a yashica!!
O hábito continua. Não tem jeito!
Amante da fotografia forever!!!
Não tem preço mesmo!
beijão!
OBS: não esqueci do seu pedido, ok?!
Assim que vc mandar eu tô postando aqui! Beijão!!
Raraííí...!
Tô chegando....tô chegando!
Bêbado mas tô chegando!
B.L.
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