“Anda-lhe, anda-lhe, anda-lhe”, como diria Don Quixote ao fiel Sancho, dissemos uns ao outros ao longo da jornada. A certa altura, completamente perdidos e depois de procurar informação até numa Mesquita, perto de pedir arrego e mandar Strawberry Fields pros quintos, encontramos um casal que sob risos discretos (leia-se ‘vocês tão fudidos!’) nos direcionou pra mais meia hora de caminhada ladeira acima. Caio olhou pra mim, disse que gostava dos Beatles mas que nem tanto assim, e que se eu não estivesse ali falando aquela quantidade de besteiras e com aquela disposição toda não daria mais nem um passo. Foi quando avistamos um caixa eletrônico, uma loja de conveniências, enfim, um pequeno sinal de vida no árduo caminho. Iamos abordar um cidadão, mas ele nos olhou com uma cara de medo que nos fez desistir antes que ele gritasse alguma coisa. Era só o que nos faltava. Eu, que já tinha mijado na lixeira de uma velhinha dois quarteirões antes, não seria mais considerado réu primário por essas bandas. Olhamos pro lado e vimos um senhor indo em direção ao carro estacionado e lá foi o jauense pedir socorro ao bom velhinho. Bom não, ótimo! A ‘alma caridosa’ começou a nos explicar como chegar lá (loooonge...) e depois de alguns segundos nos ofereceu uma carona pois nossa cara de perdidos denunciava o quanto estávamos entendendo aonde iríamos parar.
Entramos no carrão do coroa que com toda aquela discrição inglesa (o cara nasceu na Irlanda, mas cresceu na área) foi simpático e atencioso toda vida, conversando e trocando idéia durante o caminho. ‘Ian’ era o nome do cara. Foi engraçado porque ele fez a mesma pergunta que o casal alguns quilômetros antes. “O que vocês vão fazer lá? Não tem nada pra fazer lá!”. Dizer que éramos beatlemaníacos doentes e que tínhamos vindo do Brasil só pra isso era a única resposta plausível mesmo que nada razoável. Entramos na estreita rua onde fica o famoso portão de Strawberry Field, e assim como Penny Lane, nada que indicasse ou fizesse menção ao ‘significado’ do local pra ‘turistas’ ou curiosos como nós. Pelo menos chegamos. E em ótima companhia.
Entramos no carrão do coroa que com toda aquela discrição inglesa (o cara nasceu na Irlanda, mas cresceu na área) foi simpático e atencioso toda vida, conversando e trocando idéia durante o caminho. ‘Ian’ era o nome do cara. Foi engraçado porque ele fez a mesma pergunta que o casal alguns quilômetros antes. “O que vocês vão fazer lá? Não tem nada pra fazer lá!”. Dizer que éramos beatlemaníacos doentes e que tínhamos vindo do Brasil só pra isso era a única resposta plausível mesmo que nada razoável. Entramos na estreita rua onde fica o famoso portão de Strawberry Field, e assim como Penny Lane, nada que indicasse ou fizesse menção ao ‘significado’ do local pra ‘turistas’ ou curiosos como nós. Pelo menos chegamos. E em ótima companhia.
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