foto furuta

sábado, 29 de março de 2008

“Penny Lane is in my ears and in my eyes…”


O sistema de transporte (leia-se ‘buzão’) em Liverpool é muito doido, totalmente diferente de Londres. Não me perguntem como funciona porque nem tentei descobrir de tão complicado que é e eu num tava lá pra pensar.
Chegar na famosa rua não foi difícil, só demorou 10 vezes mais do que o ‘Forrest Gump’ do Embassie Hostel havia dito. Ele jurou de pé junto que era só ‘a uns 10 minutos’ andando. A gente pegou o ônibus depois de andar os tais 10 mins. sem sinal de nada. Já dentro do buzú levamos mais uns 15!! Ainda estava xingando o cara quando avistamos o trevo em que fica a rua. O cara era o maior caô, mas o guia que ele emprestou era muito bom. Tinha uma foto de um bar/restaurante onde os Beatles tocavam ainda moleques e antes do Cavern que era o ponto de encontro da molecada na época. Hoje o lugar está fechado com cara de abandonado e com alguns cartazes de ‘alguga-se’, ‘vende-se’, ‘pega quem quiser essa merda!’.
Penny Lane não tem nada demais. É uma rua comum e só vale mesmo pela música, pelo vídeo-clip e por você se ver ali, o que é muito maneiro. Mas moradores da localidade parecem não estar nem aí pra música. A igreja ao lado é bonita, mas como ela tem milhares por tudo quanto é canto da Inglaterra. Esse negócio de igreja merece outro post. São lindas, mas vai ter igreja assim pra lá!!Depois de várias fotos ao lado, embaixo, em cima e atrás da placa, decidimos que era hora de irmos rumo aos ‘Strawberry Fields...’ (outra música clássica pra quem não sabe). A lógica disse que seria tranquilo, pois quem mora por ali certamente saberia onde é desde que nasceu. Engano. Depois de perguntar pra terceira pessoa comecei a ficar preocupado. Encontramos um cara trabalhando na manutenção de um sinal de trânsito e foi nele mesmo que cheguei perguntando. O cara olhou pra mim e nem precisou abrir a boca pra eu perceber que a gente tava longe pra cacete. Daí ele deu uma série de coordenadas, ruas, placas, etc., e encerrou dizendo o que eu mais temia ouvir: não tinha ônibus dali pra lá. Olhei pro Caio e pra Suzana, dei aquela risadinha e disse: “agora que estamos aqui, simbora!”.

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